27 abril, 2017

Não é por nada...

...mas assim estamos mais à vontade!
É que outro dia fui dar com um colega de trabalho a dizer... ouvi dizer que agora tinhas um blog!!
Eu?! Hmmmm... sim tenho... mas não era suposto saberes isso!.... Ai foi a minha mulher que me disse...

Bem... é verdade que em alguns grupos privados do facebook já expus os meus posts do blogue. Mas em grupos privados de mães de gémeos! O que não é o caso daquele casal...

Bom! Deixo-me disso, e de partilhar as minhas coisas do blogue. O meu objetivo é expressar a minha opinião, e daqui a uns anos, que as minhas gordinhas leiam o nosso caminho.

Obrigada por ficarem por aí.

17 abril, 2017

Blogue Privado

Por diversas ordens de razão irei tornar este blogue privado.
Assim, caso queiram continuar a acompanhar-nos (serão muito bem-vindos!), terão que me indicar o vosso e-mail para que vos possa adicionar como leitores autorizados.

Espero que me compreendam.
Escrevam-me com o vosso e-mail: our.tech.baby@gmail.com, ou em resposta a este post.


15 abril, 2017

12 abril, 2017

Pior parte I

A pior parte de ser mãe de gémeos é não conseguir pegar ao colo nas duas, e consolá-las quando têm cólicas ao mesmo tempo :(

10 abril, 2017

Carta à C. 3 meses

A nossa bebé gorduchinha.
A bebé mais simpática que há. Sorris para todos, e derretes todos com o teu sorriso e conversa.
Estás sempre bem, e melhor ainda com a tua chuchinha.
És muito selectiva a comer, e enganas toda a gente com as tuas bochechas :) Eu costumo dizer que deves engordar só de ouvir falar em comida... porque eu não sei onde foste buscar os teus 5kgs de gente!...
Adoras tomar banho. Deitas a cabeça toda para trás e para os lados à procura da àgua. Entras e sais do banho feliz. Vais ser um peixinho no mar.
Quando não estás bem esbracejas muito, e sacodes as pernas! É uma agitação só!... Adoras o colinho, e quem me dera ter mais força para te pegar. És um docinho e gostas muito de festinhas na cabeça.
Se pudesse andava sempre contigo.
Acho que não gostas muito de andar de carro... ainda não fizemos viagens muito longas.. mas cá me parece que não é a tua coisa preferida!
És o nosso amor maior.

Carta à M. 3 meses.

Filha... que vivacidade a tua!
És a que está sempre acordada. És uma bonequinha. Estes meses cresceram as tuas pestanas, e que gira estás mais rechonchuda. Tens as bochechas do pai, diz a Pediatra.
A mãe só fala em arranjar um pano para andar sempre contigo. Continuas a ser o nosso bebé-portátil, por comparação à tua irmã.
Sorris quando falamos contigo, e já queres palrar.
Gostas muito do colo, e és muito exigente para todos os que lidam contigo - sabes bem o que queres, e ainda sabes melhor aquilo que não queres.
És resistente ao sono, e a nossa maior consumidora de Aero-Om.
Gostas muito que te cantem. Para saber se não estás bem, é fácil, ou estás a gemer, ou a chorar.
Cortar-te as unhas é como arrancar-te um dedo... mas acho que é porque não gostas de te sentir presa.
És o nosso amor pequenino.

09 abril, 2017

por Henrique Raposo.

O casamento não traz felicidade

07 abr, 2017• Opinião de Henrique Raposo

Não há casamento sem sacrifício pessoal. Os primeiros anos dos filhos, por exemplo, são anos de trincheira.O amor não é fofura, é ringue de boxe.
Pensar que o casamento é sinónimo automático de felicidade é talvez o grande erro da minha geração. O “feliz para sempre” é um equívoco, porque transforma o casamento numa sala de chuto de afectos, fofuras e sonhos. Pior: transforma o casamento real num prolongamento de um casamento idealizado ao longo do namoro. Ou seja, o “feliz para sempre” é a eternização da paixão adolescente. Um sarilho, pois o casamento é outra coisa, é uma aliança entre duas pessoas que se amam para lá dos afectos flutuantes.
Quem é casado sabe do que falo: há anos bons e há anos maus. Se pensarmos apenas na nossa emoção, no nosso prazer, na nossa realização pessoal, há momentos muito duros no casamento. Não há casamento sem sacrifício pessoal. Os primeiros anos dos filhos, por exemplo, são anos de trincheira.
A relação do casal e o próprio trabalho vão para o banco do pendura, ao volante ficam as fraldas, os banhos, as birras, as noites mal dormidas, a inexistência de férias ou viagens, etc. Mas são estas alturas sacrificiais que definem a força de um casamento. O amor não é fofura, é ringue de boxe.
Hoje procura-se a felicidade no sentido do prazer imediato e pessoal. E espera-se que o casamento seja um fornecedor desse prazer centrado no “eu”: os filmes e as séries da HBO que o casalinho vê no sofá, o sexo, as viagens que o casalinho anuncia no Facebook, os concertos e festivais de verão, etc. Sucede que o casamento não é esta passerelle.
Como diz Tiago Cavaco no livro “Felizes para Sempre e outros equívocos”, o casamento implica “abdicar de coisas que nos agradam”. O casamento não é sobre nós, é sobre os outros que nos rodeiam. Nós não casamos para sermos felizes, casamos para fazer os outros felizes. O casamento não é um espelho do nosso prazer, é um pilar de outras pessoas: é um pilar dos filhos que geramos e criamos, por exemplo. E, se é um pilar de infâncias, também é um pilar de velhices: um matrimónio também é um amparo dos sogros que se herdam.
Ora, ser este pilar implica um espírito de renúncia que é a negação perfeita da nossa cultura centrada numa felicidade entendida como prazer. É por isso que temos uma taxa de divórcio de 70%. É caso para perguntar: apenas 30% dos casados da minha geração compreendeu que o casamento é o início da vida adulta e não um prolongamento da adolescência?
Moral da história? É importante refazermos o conceito de felicidade. O casamento ensina-nos a procurar a felicidade nos outros, nos filhos que crescem, na ajuda que se dá aos sogros, na ajuda que se recebe dos sogros, nas provações que se superam em conjunto – as ânsias profissionais, o aperto na carteira, as querelas familiares, a unha do pé encravada, a quimio, aprender a lidar com o feitio do outro, etc. Se quiserem, o casamento comporta a felicidade tal como o maratonista a entende.
Quem já fez ou faz atletismo sabe do que estou a falar: correr longas distâncias não dá prazer; ver um filme, ler um livro, estar na praia, beber um vinho – tudo isto dá prazer. Mas correr 40 km não dá prazer, dá dor. Porém, quando acabamos uma corrida assim, sentimos algo que está para lá do prazer, sentimos uma força que vem do princípio do tempo, sentimo-nos abraçados por uma força que vem do tempo em que coisas ainda nem sequer tinham nome.

02 abril, 2017

Singularidade nos Gémeos.

Que tema mais complicado...
Sempre pensei nisto durante a gravidez... apesar de ter tido uma gravidez bi-bi (gémeos falsos), ia ter dois bebés irmãos, que iam nascer ao mesmo tempo. Não sabia se iriam ser do mesmo sexo ou não, mas, caso isso fosse acontecer, como iria eu (e a minha família) fazer para criar duas pessoas respeitando a sua individualidade, sendo que iam fazer (praticamente) tudo ao mesmo tempo??

Não é fácil.
Ainda para mais, quando é tão mais conveniente fazer tudo igual.

Quando estava grávida pensava muito que não as queria vestir de igual. Disse isso a toda a gente. Hoje em dia, na prática do dia-a-dia,isso é muito mais fácil. Na verdade não tenho que pensar tanto, é só pegar e andar. Mesmo nas lojas (apesar de às vezes ser difícil arranjar os tamanhos iguais - tenho sorte que tenho uma mini-M e ando com os tamanhos de roupas delas desencontrados), é mais fácil, e vamos lá ser verdadeiros, também é muito giro vesti-las de igual.

Mas ao mesmo tempo não sei se gosto quando as pessoas as confundem... e eu tenho uma (quase) loira e com menos 1kg do que a minha morena!!!
Quero que sejam duas pessoas, e que sejam respeitadas na sua singularidade e individualidade. Ainda não sei muito bem como, mas vou tentar fazer por isso.
Talvez assinalando/celebrando as diferenças entre elas, e tentar ir adaptando as nossas atitudes à maneira de cada uma.

Mas não sei se quero chegar ao ponto (limite) da nossa pediatra da maternidade.
Na consulta de follow-up que tivémos aos 2 meses, ela disse que as devíamos vestir sempre de forma diferente, devíamos ter alturas em que saímos de casa só com uma (deixando a outra em casa - aos cuidados de quem?), devíamos separá-las naquilo que pudessemos. Ressalvou o facto de que é importante que toda a gente as distinga bem, e celebrou o facto de termos posto nomes bem diferentes às meninas.
Ora... vamos lá escrutinar isto...
Eu concordo perfeitamente que temos que respeitar o feitio, e gostos de cada uma. E que elas não são uma só pessoa. Aliás, desde que nasceram que se vê logo que são bebés bem diferentes. Concordo com as questões da roupa, e com o facto de que toda a gente (para além dos pais) deve conseguir distingui-las bem - um à parte - não acham que só por se usar a palavra "Gémeos", há logo pessoas que acham que os bebés são iguais e não os consegue distinguir?? Ridículo no caso das minhas meninas que são tão diferentes... enfim!!

Sei também que, no futuro, vão existir atividades em que uma nos quer acompanhar mais,e a outra vai querer ficar em casa a ver bonecos ou a jogar qualquer coisa, e que iremos sair de casa só com uma bebé/criança - e ainda bem!! Tempo personalizado só com uma é bom para todos!
Mas, aos 2 meses, qual o benefício de sair só com uma bebé para comprar pão?? Não me sinto mais capaz de sair de casa só com uma, sabendo que poderia perfeitamente ter saído com as duas.
Ainda para mais... eu nasci numa família em que tenho 3 irmãos. Nunca fui filha única... não sou gémea, mas a minha mãe teve 4 filhos entre 1982 e 1987... por isso somos todos muito próximos, e eu sempre andei com a minha irmã para todo o lado. Claro que às vezes calhava sair só com um dos meus pais, mas nada disso era feito de propósito. E nunca me senti mal... sempre senti que havia tempo e atenção para mim.
Acho que as crianças devem crescer com o sentimento da família, e com a maravilha que é ter um irmão. E isso é saber partilhar, e saber estar juntos. Respeitar os momentos de cada um, não obriga a que tenhamos que estar separados.

Os pais de gémeos que andam por aí que me ajudem... Como fazem com os vossos filhos?
Estarei a pensar de forma errada?