04 agosto, 2020

Como deixámos as chupetas!

4th of July - Independence Day.
O dia da Rainha Santa,
Ou o dia em que a M e a C deixaram as chupetas!

Começou o dia de forma muito suave, com o pequeno almoço de pijama. Um café no Vasco da Gama, e de partida para o Jardim da Sereia onde íamos dar a chupeta aos peixinhos. Foram felizes e bem.
Por ser dia da cidade, e mesmo em pandemia, existiram festas no Jardim que estava com acessos condicionados, tivemos que nos dirigir ao Jardim Botânico para o cerimonial ;)

Chegaram e sem aparato nos dirigimos ao lago onde deitaram as chupetas com  muita tranquilidade(conforme os diversos registos de fotos e vídeos que fizemos).
Ainda brincaram nas árvores do botânico antes do almoço. Tiveram abraços de gente crescida.
E depois de um almoço no shopping e de uma prenda da Tia Rita vieram as bicicletas e os capacetes e as cotoveleiras e joalherias. Prendas de meninas crescidas!
A pausa técnica em casa para montar a bicicleta e fizeram-se alguns ensaios de passeio. Uma M muito mais destemida que a irmã!! 

Depois de lanche e alguns vídeos tivemos uma M mais mimocas a pedir a chupeta. Nada que uns abraços não resolvesse.
Depois uma ida ao supermercado que já acentuou o cansaço de ambas, e revelou uma M mais triste de não ter a sua chupeta. Com a mesma calma e o mesmo reforço fomos andando... Sumo de laranja também ajudou.

O jantar e as rotinas de dormir também correram bem, sem qualquer alusão ao tema. Já de luz fechada na cama bateu a tristeza. Diria que talvez uns 10-15min de tristeza. A C nunca chorou. Apenas pedia a chupeta... Mas sem grande relevo.
A M verbalizou as saudades da sua pê, e o que queria alguma coisa na boca... 
Fui reforçando os eventos do dia- cantamos músicas, falamos do dia de amanhã, rezamos. Maior sossego. Rejeição total dos ó-ós. 

A M teve fome e sede. Veio fruta de beber e água para ambas.
Se lá vinha um gemido, havia um "shhh..." sereno a apelar ao sono. 
E o sono veio. Rápido para ambas. Um pouco antes das 22hr já dormiam. 
Com o som das festas da cidade ao fundo.

Foi com alguma tristeza mas foi bem.
Agora é manter a consistência, a serenidade. Os comportamentos de segurança - um abraço. Uma palavra. Uma música. 
Esperemos que os próximos dias corram bem. Que se adquiram as novas rotinas de uma forma serena.
Bem-vindos à versão 3.5 😊

(contado ao fim de um mês! Confirmo a consistência. Estas meninas sairam-nos umas bebés muito boazinhas)

21 dezembro, 2019

C. em 2019

A C. é o bebé mais doce e querido que se possa imaginar.
Faz umas caretas de nos arrebatar o coração. É extremamente expressiva e sabe que nos encanta com a sua graça.

Quando a irmã esteve com a perna partida, sofreu das suas dores, e fez-nos a vida num infernozinho nos primeiros dias. Era difícil explicar a súbita necessidade de colo e atenção à irmã. Mas ao mesmo tempo era preocupada com ela, e acabou por entender o que se estava a passar.

É muito dengosa e doce, e gosta muito de brincar sozinha. Entretém-se com os seus bebés, as comidinhas e as cozinhas.
Não arrisca muito nos desafios mais físicos... ou mesmo que a tirem da zona de conforto (como quando foi do desfralde), mas bem motivada ela acaba por fazer as coisas.
Na piscina é super feliz. As aulas são um encanto para ela, mas acho que é assim porque tem a psicina com água quente. Sente-se à vontade e faz tudo o que lhe propõem. É uma alegria vê-la lá!

Gosta muito que lhe leia histórias.
É fascinada com o mundo das princesas, e as histórias com o lobo mau!

É preguiçosa para falar, mas diz tudo e faz-se entender muito bem. 

É uma criança autónoma e feliz. Adora cócegas e miminhos.
Adora a Porquinha Peppa, e a Minnie. Gosta de amarelo e de rosa.

Aprende rápido, como a irmã, mas é mais discreta na sua existência dentro de casa. Já na rua torna-se uma bomba social.
Fala com todos, diz o nome, e facilmente começa a brincar com outros adultos e crianças. 

É a cara da mãe. Vaidosa com os seus caracóis - "como a mãe" diz ela. 
Gosta muito da Santa Comba. 

É o meu amor. E sabe que está no meu coração.

M. em 2019

O meu amor pequenino começou o seu ano de 2019 a partir o perónio.
E acabou o ano com uma varicela.
Felizmente todo o restante ano não teve nenhuma outra ocasião a registar.

Está super explicada. Com uma gaguez ligeira (acho que só eu é que noto...) de quem quer falar e de a quem as ideias ultrapassam a capacidade de articular as palavras entre a boca e os dentes.
É organizada das ideias.
Precisa de ser organizada. Gosta de perceber a lógica das coisas e das pessoas.
Começou com 2 anos e 7meses a perguntar o porquê das coisas. Quer entender.
Não basta a esta menina uma justificação qualquer. A ordem é tranquilizadora para ela.
Gosta, às vezes de forma interesseira, de nos organizar a todos lá em casa. Mas nem sempre pode ser. E chora. E não entende. Mas faço o meu melhor por me desdobrar em explicações. E na verdade.

[Custa-me muito ver pais que não explicam as coisas aos filhos. E ver filhos que não se interessam na vida. Não questionam, não se envolvem. Miúdos que choram sem ninguém lhes ensinar outra resposta.]

Mas confia em nós. E é muito brincalhona. Saltitona. Muito física e muito dedicada às suas tarefas de brincar. Gosta que as coisas sejam todas. Sejam inteiras e verdadeiras. Gosta de envolver todos.
É muito cantora e dançarina.

É uma miúda muito gira. Vaidosa. É um tudo em rosa. Do laço às meias e aos sapatos. Quer TUDO em rosa. Ás vezes lá se consegue e é mesmo em bom.
Tudo para ela é rosa.
O bebé é rosa, os ó-ós são rosa. Todas as roupas dela são as rosa (sempre que há em dois tons, para ela e para a C.).
Mas ao mesmo tempo, prefere o Marshal à Skye. A miúda é de ideias fixas.
Adora o Daniel Tigre.

Gosta da escola e adora a natação, menos quando tem que mergulhar.
Está na fase da minnie, e das princesas, e de brincar às mamãs e aos papás. Gosta muito do faz-de-conta, e é muito engraçada na atribuição destes papéis.
É quando vejo que estamos a fazer um bom trabalho.

Mas também repete as asneiras que ouve ocasionalmente. Morro de vergonha e nem sei como agir. Felizmente só o fez ainda num circulo fechado. Deus queira que se resolva entretanto...

Aprendeu rápido as músicas do natal. Mas felizmente ainda não apanharam a compreensão consumista desta fase.
Quando pergunto o que quer para o natal, quer uma saia rosa. Para a carlota uma saia amarela. E um telefone para a mamã. (não sei onde foi buscar isto! não preciso de um telefone...)

É muito mamã, e colinho e mimos. Gosta muito de interagir comigo. Da minha presença. De me ajudar a fazer tudo. De fazer parte da vida.
É uma miúda cheia de Vida. Cheia de todos os que fazem parte dela. Delira com os primos e com as pessoas mais próximas.

E eu adoro-a.
Ainda não sei como vai fazer 3 anos. É o meu bebé. E vê-la crescer é a melhor parte da minha vida.

08 novembro, 2019

sobre ser mãe de gémeos I

Isto a propósito de ver vários memes sobre as mães de gémeos serem umas sortudas - abençoadas do céu - e que não são coitadinhas nenhumas.

E vamos por partes.

Bom, a minha sorte não me caiu do céu qual milagre ou benção. A minha sorte veio com anos de desgostos, muita angústia, muita tristeza. Depois veio com esperança. Com muitas consultas, exames, e alguns euros à mistura. E só depois a benção do céu. E a minha maior alegria. 2 meninas. 
Uma sugestão do médico. E um toque de Deus.
Não consigo imaginar a minha vida de outra forma e estás miudas trazem mesmo uma alegria inesgotável e uma força imensa à minha vida.

Posto isto, esta merda também me sai do pelo.
E sim, tenho necessidade de o dizer assim. Principalmente para eu o ler. Muitas vezes.

Até porque tenho a abençoada mania de dizer que o primeiro ano é que foi difícil. Uiii... Isso é que foi mesmo mau. Que não recomendo a ninguém ter gémeos. Que é muito duro... Mas que agora até se faz bem. Que são boas miúdas. Que agora já entendem o que lhes digo... Que é melhor gémeos que filhos pequenos de idades diferentes.... Etc etc etc.

Tudo muitooooo bonito e cor de rosa. 
Só que não. 
Principalmente porque sou mãe sozinha, e em part time. Na verdade divorciada e com guarda partilhada. Mas, (quase) sempre que estou com elas, é sozinha.

E não nego que é um caminho que se faz, e que se aprende a fazer. Mas é duro. E é constante. São duas numa rotina que se exige sempre a mesma, e na qual sei que inevitavelmente estou a falhar. 
Porque não há santa paciência (nem energia!) todos os dias para fazer tudo como deve ser. 
Porque é sempre tudo duas vezes, e tem que ser sempre tudo com o mesmo amor, dedicação e paciência, e elas assim o exigem.

Porque é difícil lidar com as birras de uma e ter a outra a aproveitar-se do momento.
E ter que mudar tudo, porque eu quero igual à mana. E ter que segurar uma enquanto pomos a outra na cadeira do carro. E porque são duas doentes a vomitar ao mesmo tempo. E porque são histórias e brincadeiras sem fim, sem poder dizer "Deixa lá que ele é mais novo"... 

Não há cá tolerâncias. São 2 pessoas totalmente diferentes, a precisar de apoios e orientações diferentes, mas exatamente na mesma fase de vida.
E com elas a perceber que são as duas, sempre, para tudo. 
Que são "gémeas" mesmo que ainda não entendam o que isso é. E, às vezes, nem eu entendo bem...
É querer cultivar as diferenças e a individualidade, mas desejar ardentemente que sejam o melhor apoio na vida uma da outra. Que tenham o melhor elo de ligação desta vida, enquanto não se matam por um casaco cor de rosa.

Por isso... 
Ser mãe de gémeos é mesmo do caraças. Palmadinhas nas costas. 
É fazer uns momentos o melhor para uma, e o possível para a outra. E noutros momentos fazer o contrário e desejar que elas compreendam estas decisões.

Não há descanso... Não há sossego nem tranquilidade.
Há dedicação e muito amor. E também roupa. Muita roupa. 

(Fico com a sensação de não ter desabafado tudo o que queria. E com a certeza de que desafios ainda mais complicados surgirão... Assim continue a haver bom senso. Amén.)

02 setembro, 2019

C. aos 2 anos e 7meses

É uma miúda incrível!!
Sabe-se toda. É uma safada dissimulada sabem?
Um anjinho que a faz pela calada... Nunca me enganou. Aliás sai toda à mãe.

Tanto é uma acérrima protetora da irmã, como lhe rouba os chocolates pela calada.

Desarma qualquer um. Sabe bem o que quer. É a nossa cantora de eleição. Canta e toca qualquer coisa.

Senhora do seu nariz. Em casa está mais na dela, socialmente é uma bomba! A C. é mais dada não é?? Hmm.... Nem por isso... Mas com estranhos está na maior!

Uma peça!

M. aos 2 anos e 7 meses

Estas miúdas passaram o Verão rodeadas de família e amor... E estão numa fase incrível!

Então a nossa M. está assim:
- se não concorda pergunta Porquê mamã?
- se ainda assim não está feliz com a resposta diz "mas eu..."
- no dia 31 de agosto pelas 21hr disse, não quero fralda. E desde aí não pôs mais nenhuma. Desfralde? Qual desfralde?
- hoje ainda se saiu com uma... Quando lhe perguntei se a bolacha estava boa, ela responde... Hmmm mais ou menos.

E é isto antes de 3 anos senhores...

Sabem tudo da nossa vida!! 😊

28 fevereiro, 2019

Atualização da tala

A M. tem-se portado melhor que muita gente grande neste processo todo!
Já vamos com mais de 2 semanas de tala e ela ainda se aguenta.

Não vou dizer que tem sido fácil. Principalmente para ela.
Já sabe que vai tirar a tala ao hospital, e quando perguntamos o que quer fazer quando tirar a tala diz "correr".

Diz com frequência " A M. não consegue andar" (principalmente quando me vê montar o carrinho para sairmos de casa, ou quando a ponho e tiro do carro). E eu digo, mas é só mais uns dias. (Dias... que termo mais abstrato para uma criança de 2 anos... mas como explicar?).
Digo que depois vamos à médica, que ela sabe tirar a tala e que depois pode andar.

Também gosta muito de mostrar que tem uma "perna boa". Um amor.

Mexe-se com bastante à vontade. Deve sentir-se bastante frustrada, de não conseguir explorar o mundo como fazia, mas não o mostra.
Tento ter toda a paciência do mundo quando pede colo para andar a ver as mesas e prateleiras e mexer em todo o lado... mas não é fácil.

Já estamos umas pró em banhos! É só por película aderente em toda a perna. Saco de lixo por cima, atado levemente com elástico do cabelo. Não entra nem uma gota :)
Toma banho de chuveiro, e apesar de não ter gostado das primeiras vezes, agora já está completamente à vontade.

Acho que lhe custa não por sapatos. Há dias em que ainda lhe calço um sapato. Mas para se arrastar no chão, a melhor opção ainda são as meias antiderrapantes (para as quais atualizei o stock - benditos saldos!).

O resto tento fazer com que se sinta normal em todo o lado. Começar a ir a escola ajudou muito - ficou em casa na primeira semana.
Quando vamos ao parque tiro-a do carrinho e ando com ela ao colo para ela explorar os baloiços e a casinha. Tiro-a do carrinho sempre que possível.

A C. nem sempre é a pessoa mais colaborativa, pedindo colo quando pego na irmã, ou não percebendo que não pode ir no carrinho da irmã (porque não quer andar no carrinho de gémeos). Se ando com a M. no carrinho bengala, ela acha que eu deveria levar um carrinho bengala para cada uma... Coragem!
Lá lhe explico que me pode ajudar a empurrar o carrinho, que lhe posso dar a mão, e que ela pode andar, e a M. não...
Mas não sabe viver sem ela...

E já temos data para tirar a tala, ou seja, data para nova consulta de ortopedia, novos raio-x, e esperemos, a retirada da tala sem quais quer consequências - 7 de março! 3 semanas e 3 dias de tala.

27 fevereiro, 2019

O que não mata, mas mói...

Muitos eventos na vida nos põem a pensar sobre o que realmente é importante.
Se estamos a fazer um bom trabalho, se estamos a preparar bem o futuro, se estamos a acautelar todos os perigos.

Início hoje o que espero venham a ser um pouco das minhas reflexões sobre a parentalidade. Essa coisa que não nos mata, mas que mói.
(não espero que os posts sejam todos assim pesados... às vezes só ideias, às vezes umas dúvidas...)
Mói muito...

Dou por mim na rua a olhar para outras pessoas, e a pensar como criam os filhos. Como se organizam? Como tomam as suas decisões? Se estarão tranquilas com as suas decisões?
Se as minhas opções serão mais seguras que as delas?
Grrr... já sei que cada realidade é uma, e que cada um de nós se deve organizar e gerir dentro de cada realidade.

Mas enquanto mãe, e estando neste momento sozinha, dou por mim a pensar muitas vezes que raio de coisa estou a construir.

A Pediatra dizia-me noutro dia, que devemos acautelar o facto de, por estarmos divorciados, devermos ter cuidado com a sobreproteção das crianças. E ela tem toda a razão.
Como não as vejo todos os dias, tenho tendência a valorizar mais, mimar mais, proteger de mais. Fico a pensar se isso será uma coisa má... Não tenho uma resposta.

Sei que é do caraças para a minha organização pessoal, profissional e afectiva. É o que me custa mais. Não as ter todos os dias para mim.
Viver as suas dores e alegrias todos os dias foi aquilo para que me alistei quando decidi ser mãe. Dou por mim a pensar se sou menos mãe por isso.
Com certeza não me preocupo menos!! Só se for mais... constantemente agarrada ao telefone para saber se estão bem.

Quando irá parar este questionamento:
estou a fazer a diversificação alimentar de forma correta?
Devia dar-lhes ostras (exemplo super parvo ok.. só para perceberem!)
Devia comprar mais puzzles e jogos complexos?
Devia fazer outras brincadeiras?
Devia cortar radicalmente com a tv?
Devia ser menos rigida com as sestas e hora de ir dormir? Ou devia ser mais rigida? (miudos na cama as 21:00 é algo que ainda não consegui fazer!)

Como é que eu sei se estou a fazer as coisas certas?!

E, como lidar com as perguntas sobre a separação? Da parte delas é claro. Já perguntam, com frequência: "Hoje mamã?" Para confirmar se vão ficar comigo nesse dia, ou se irão estar com o pai. E como saber se estão a crescer seguras neste ambiente partilhado? (será que escolhemos o esquema certo para esta idade?)
Faço os meus possíveis para explicar tudo, e integrar a figura paterna nas rotinas, sempre que relevante. Converso e explico bastante.
Mas dado que só têm 2 anos, será que estão a crescer seguras? Confiantes?
Verdade que elas já conhecem esta realidade desde os 8 meses... mas não posso deixar de me questionar.

Não tenho respostas.
Talvez vá tendo ao longo do tempo.
Sintam-se livres de comentar, e/ou de se juntar a mim nestas deambulações.


14 fevereiro, 2019

Pá p#*?%&&! que o P&%$#$

E pronto. É este o mood da semana.
Não é melodramático nem porque é que isto me acontece  só a mim!!

Mas não é que a minha mais querida M. de seus 2 anos e 1 mês me foi partir o perónio!!! O perónio! Osso da perna, neste caso a esquerda, mesmo junto ao calcanhar.
Não é bem partido, disse a médica, é uma físsura. FISSURA!! Como se isso nos evitasse a tala de 3 semanas, uma gémea sem poder andar ou pôr-se em pé... Deslocar-se. COM 2 ANOS!!! E a minha miúda mais eléctrica e mamãdependente....

Voltamos ao colo e ao carrinho.
Começamos com as explicações (a ela e a todos os outros), e os banhos ginasticados.

CORAGEM AMIGOS!!!

Para além de toda a logística já existente com gémeos, moro num duplex, elas andam numa creche, e eu e o pai estamos separados. Ah! E é inverno, pelo que toca de agasalhar a criança.

Pronto.
Agora vou parar com o drama, e passar às explicações.

Corria o belo dia 11 de fevereiro de 2019, logo após o almoço, a M. quis ir buscar um ó-ó ao quarto, pelo que subiu e desceu as escadas, devidamente acompanhada pela nossa Cristina. Ao descer o último degrau, fez uma cara de susto e começou a chorar. Diz que doía a por o pé no chão.
Achei que era sono a mais, e algum mimo - estavam em casa numa segunda feira porque a C. tinha febre, e estavam as duas com muita tosse e ranho.
Dormida a sesta, a M. estava bem disposta, mas continuava a recusar por o pé no chão. Brincava, comia, estava em pé, parada, mas andar nada. Não chorava, mas dizia doi-doi.

Pronto, depois de sair do médico (CPJC) com a C., fui para o Pediátrico... 4 horas de espera, e 2 horas de exames, e saimos com este belo diagnóstico.

E querem saber? Estou orgulhosa da minha M. Mas mesmo muito orgulhosa... Ela tem lidado super bem com a situação.
Uma menina feliz, brincalhona. Que só me parte o coração quando diz "A M. não consegue andar" e eu respondo, pois não, mas é só uns dias, até passar.
Muito raramente lá sai um "Tira mamã" a apontar para a tala... lá lhe explico que não sei tirar. Tem que ser a médica no hospital. E ela volta ao seu estado feliz. Gosta muito de mexer na perna saudável, e de nos mostrar como está funcional essa sua perna! Como aquela funciona.
Arranjamos-lhe calças, e umas meias mais grossas, antiderrapantes, com minnies, e brilhantes, e ela anda feliz.
Estou tão orgulhosa dela. Como é ela que ainda nos ensina a lidar bem com tudo isto.
Pede colo para tudo (como não podia deixar de ser), mas aceita lindamente andar no carrinho, e esperar que a vamos buscar,. E dorme lindamente na caminha dela. Um orgulho mesmo.

Depois temos a gémea C. que está de longe a observar tudo... e anda intratável e impossível de aturar. Birras para tudo, a entrar em conflito com a irmã muitas vezes, a querer tudo o que a irmã tem...
Não é possível estar sozinha com as duas. É um desespero mesmo!!
Alguém que tenha passado pelo mesmo?
Alguma dica?

Espero que seja só estes primeiros dias... vou desesperar com esta logistica, e uma gémea tão difícil neste momento...

17 dezembro, 2018

M. 23 meses

Mimi de sua mãe. Ou Mimia, depende dos dias.
Uma menina despachada, um furacãozinho dos bons.

Começou a andar aos 16 meses, sendo que sempre gatinhou tudo com rapidez.Adora tretar a bancos e cadeiras, e foi a primeira a por-se em pé na cama, e na cadeira de comer. É ágil, e gosta muito de dançar.
Qualquer música dá!
Subir e descer escadas "a pé" são o desafio do momento, e gosta de fazer tudo "sozinha".
Ultimamente adora falar ao telefone. e imitar tudo o que faço no telefone.

É arrumada, organizada, mesmo nas suas brincadeiras. Tudo tem lá a sua maneira de ser. Gosta de ver tudo no seu lugar.
E não é cá nada de texturas estranhas, tanto nas brincadeiras exteriores, como na alimentação.
Dificilmente mete as mãos na lama, ou experimenta algo diferente. É tudo na pontinha dos dedos, ou da língua, e rapidamente diz "tá sujo" ou "não gosta".

É mesmo uma menina linda. Cabelinhos claros, com uns caracolinhos nas pontas, e olhos castanhos escuros. Uma bonequinha.
É magricelas, mas está a ficar maciça.

É fã de leite! Nas comidas, os salgados são o seu forte. Mas é genericamente muito pisca para comer... Fruta passada adora!

Fala pelos cotovelos. Faz frases com muita facilidade.  "Tota não empurra mimi" "Anda tota mamã" "Mamã baixo mimi colo". Canta os parabéns e o Naquela linda manhã.
Felizmente a conversar nos entendemos. Percebem tudo o que lhes digo, o que é muito bom.

Gosta de andar a empurrar os andadores aqui por casa, gosta de histórias, e de servir chá. Anda sempre de ganchinho na cabeça. E a sua chupeta e o seu ó-ó são a sua imagem de marca.

Digo que vai controladora de qualidade, pois as fraldas que temos, algumas são de algodão macio, e outras de algodão mais áspero. Não nos podemos enganar na entrega, diz logo "outo ó-ó, êti não".
E tudo "é meu".

Gosta de adormecer ao colo... o que já vem da nossa história de longa data. Mas como agora (desde os 14meses) adormecem deitadas na minha cama, digo-lhe que não sei dar ao colo deitada. Então aninha-se toda a mim, e gosta de festinhas na cabeça.
Mais facilmente acorda de noite, e quer colo (o que acaba por significar ir dormir cmg o retso da noite, sejam 2hr, 3hr ou 6hr), ou quer leitinho (aqui há correlação direta com a qualidade do jantar do dia anterior).

É uma miúda mais reservada. Mas o miminho da mãe. Uma boneca linda. Que não me dá descanso...
quer sempre companhia nas brincadeiras.
O amor da mãe.